
Você já ouviu falar sobre hepatite fulminante?
A doença se manifesta em um dos principais órgãos do corpo humano: o fígado.
Como as funções exercidas por eles são essenciais a todos os órgão, uma falha no seu funcionamento pode ser grave.
Mas a hepatite fulminante pode ser ainda mais preocupante, justamente pelo seu desenvolvimento rápido e pelo comprometimento que ela pode causar aos órgãos internos do paciente.
Quer entender mais sobre a hepatite fulminante, causas e sintomas?
Acompanhe mais informações neste artigo!
O que é a hepatite fulminante?
A hepatite fulminante é uma disfunção muito grave do fígado que se manifesta rapidamente.
Ela é a causa da morte de, pelo menos, metade dos pacientes que desenvolvem a doença.
A insuficiência hepática aguda grave, como também é chamada, pode deixar um indivíduo gravemente doente em questão de poucos dias a semanas.
Neste caso, ocorrem falhas das funções do fígado, mau funcionamento hepático e até falhas de outros órgãos.
Os sintomas possuem uma rápida evolução e, por isso, devem ser controlados o quanto antes para que o tratamento para o fígado possa surtir efeito.
Você pode estar se perguntando, mas, afinal, a hepatite acontece de uma hora para outra? E a resposta é sim!
Entretanto, existem algumas situações que podem desencadeá-la. A rigor, qualquer agente causador de hepatites como um todo pode acarretar uma falência aguda do órgão ou hepatite fulminante. É importante saber que o termo “hepatite” designa qualquer uma inflamação no fígado, que pode ser de causa infecciosa ou não.
Veja só!
Principais causas da hepatite fulminante
A hepatite fulminante consiste em um dano muito grande ao órgão, que pode ser desencadeada por diversos fatores:
→ A hepatite pelos vírus A e B
–> Medicamentos (hepatites medicamentosas) como antidepressivos, antibióticos, analgésicos e até chás. Na América Latina, de acordo com dados da Latin DILI Network (LATINDILIN) Registry, amoxacilina + clavulanato e ibuprofeno são listados como os medicamentos mais relacionados a casos de hepatite fulminante.
—> Outras patologias, como doenças autoimunes, doenças vasculares como Síndrome de Budd-Chiari e esteatose aguda da gravidez (fígado gorduroso da gestação).
Muita gente não sabe, mas o consumo de chás emagrecedores e a hepatite fulminante podem ter uma relação próxima.
Afinal, tomar chás sem acompanhamento médico pode ser tão prejudicial ao fígado quanto as demais medicações. Além disso, um dos principais fatores de risco para a doença é o uso de remédios sem prescrição médica.
Leia também: Doenças Hepáticas: Tipos, diagnósticos, causas e tratamentos
Quais sintomas de hepatite fulminante?
É preciso ficar muito atento aos sintomas, que inicialmente são os mesmos de qualquer hepatite aguda:
- mal-estar;
- febre baixa;
- urina escura (com cor de coca-cola);
- olhos amarelados (icterícia);
- dor na parte superior direita do abdômen;
No entanto, na hepatite fulminante, a principal característica é a sua evolução muito acelerada, com risco de falência hepática e de morte.
Confira os sinais de alerta que devem levantar a suspeita de que uma hepatite aguda pode estar fulminando:
- náuseas e vômitos persistentes;
- perturbações de sono;
- raciocínio lento;
- fala empastada.
Caso o paciente se identifique com os sintomas, é muito importante procurar auxílio médico imediato.
Como é o diagnóstico da hepatite fulminante?
Para diagnosticar a doença, o médico pode pedir exames físicos e de laboratório.
Confira alguns dos principais exames solicitados:
- Exames de sangue: identificação de enzimas hepáticas (AST/TGO e ALT/TGP elevados, sendo muitas vezes >10 X o limites superior da normalidade , elevação e bilirrubinas, alterações de coagulação (tempo de protrombina prolongado);
- Ecografia e Ecodoppler: pode identificar sinais relacionados, como cirrose, parênquima e outros;
- Tomografia ou Ressonância: também é utilizado para detectar doenças relacionadas em caso de necessidade;
- Biópsia Hepática: utilizada em alguns casos para auxílio no diagnóstico de causa da hepatite fulminante, podem identificar necrose (morte) intensa dos hepatócitos (células do fígado).
Há cura para a hepatite fulminante?
Sim, a hepatite fulminante tem cura, mas depende do estágio da doença e de suas causas.
Há que se ter em mente também, que o tratamento da hepatite fulminante é complexo e pode necessitar de terapia intensiva e até transplante.
Para uma média de metade dos pacientes, a hepatite fulminante pode ser tratada apenas com medicamentos.
Entretanto, outras pessoas podem precisar de transplante hepático de urgência.
Como é o tratamento da hepatite fulminante?
A princípio, o médico pode solicitar que o paciente fique em tratamento de terapia intensiva. Em alguns casos, pode ser indicada o uso de uma medicação que consiste na “desintoxicação” do órgão, denominada N-acetilcisteína endovenoa.
Entretanto, isso pode não ser suficiente, já que a hepatite fulminante é uma doença grave.
Neste caso, o paciente entra na fila de transplante. A condição de hepatite fulminante possui prioridade máxima na fila do transplante.de fígado.
Como posso te ajudar?
Quando o assunto são as doenças do fígado, é necessário procurar atendimento especializado na área de um médico hepatologista.
Com pós-graduação em gastroenterologia e especialidade no diagnóstico e tratamento de doenças, eu posso te ajudar a identificar sintomas e tratamentos para as questões voltadas à hepatologia.
Tenha em mente que o mais importante, em caso de urgência, é consultar um médico. Se este é o seu caso, não hesite em procurar ajuda e não adie as consultas.
Também é possível realizar um acompanhamento em pessoas saudáveis para garantir que a saúde do fígado está em dia e evitar possíveis complicações.
Em caso de necessidade, agende a sua consulta!
Conclusão
Como vimos, a hepatite fulminante pode ter diversas causas, entre elas, a automedicação.
Tomar medicamentos sem prescrição, inclusive, é um dos principais fatores de risco para desenvolvê-la.
Como o desenvolvimento da doença acontece de forma muito rápida, aos primeiros sintomas é necessário procurar um médico e descobrir as principais causas e tratamentos.
Podem ser necessários o tratamento medicamentoso e até o transplante de fígado, dependendo do estágio da doença.
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