O fígado é um dos maiores órgãos do corpo humano e é responsável por produzir e liberar diversos hormônios essenciais para nosso organismo.

Contudo, assim como outros órgãos, ele também está sujeito à ação de células cancerígenas.

Nesse sentido, assim que o indivíduo for diagnosticado com a doença, é fundamental buscar o melhor tratamento para câncer de fígado.

Quanto mais cedo o câncer for identificado, maiores serão as chances de cura. Acompanhe a seguir o conteúdo que preparamos sobre o assunto!

O câncer de fígado 

O câncer de fígado é considerado uma doença maligna, que pode surgir a partir das células hepáticas ou nas estruturas próximas — canais biliares, vesícula biliar ou até mesmo nos vasos sanguíneos.

Seus sintomas podem levar bastante tempo para aparecer, sendo, por isso, recomendado rastreamento de câncer de fígado em todas as pessoas com doença hepática crônica através da realização de ecografia do abdômen de seis em seis meses.

Os primeiros sinais costumam surgir apenas nos estágios mais avançados da doença.

Existem três tipos principais de câncer do fígado:

  • Carcinoma hepatocelular ou hepatocarcinoma: o câncer de fígado é o 6º tipo mais comum de câncer no mundo e um dos mais letais.
  • Colangiocarcinoma: representa 5% dos casos de câncer e costuma atingir pessoas entre os 60 e 70 anos;
  • Metástase hepática: essa condição pode surgir em qualquer paciente que já tenha algum tipo de câncer, representando 35% dos casos registrados.

Nesse artigo, será abordado apenas o carcinoma hepatocelular.

Quais são as causas da doença?

Antes de falarmos sobre o tratamento para câncer de fígado, vamos discutir suas principais causas.

Como comentado previamente, todos os pacientes com doença hepática crônica avançada (cirrose) apresentam risco de desenvolver carcinoma hepatocelular, independente da causa inicial.

Veja abaixo as principais causas de cirrose e câncer de fígado:

  • Hepatite virais B e C;
  • Esteatose hepática: significa o acúmulo de gordura no fígado. Esta doença que muitas vezes é negligenciada e tratada como apenas “um gordurinha no fígado”  tem emergido com uma das principais causas de carcinoma hepatocelular no mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a taxa de transplante por câncer de fígado associado à esteatose metabólica aumentou mais de 1000% na última década;
  • Abuso de álcool;
  • Outras causas: consumo elevado de aflatoxinas e uso de esteroides anabolizantes.

Principais sintomas de câncer de fígado 

Inúmeros relatos de pessoas com câncer de fígado se concentram em explicar como é a dor do câncer de fígado.

Entretanto, como já citamos por aqui, os primeiros sinais da doença só aparecem no estágio avançado. Seus principais sintomas muitas vezes estão relacionados à piora da função hepática. Podemos citar alguns:

  • dores no lado direito do corpo, que podem irradiar para o ombro e braço;
  • olhos e pele amarelados;
  • redução do apetite ou falta dele; 
  • perda de peso sem causa aparente;
  • fraqueza;
  • fezes esbranquiçadas;
  • cansaço para desempenhar atividades simples;
  • náuseas;
  • vômitos;
  • febre;
  • palidez;
  • falta de ar;
  • sensação de dor nos ossos;
  • aumento do volume abdominal, causado pelo acúmulo de líquidos.

Como é o diagnóstico do câncer de fígado

Para que o tratamento para câncer de fígado seja bem sucedido, é preciso identificar a doença o mais precocemente possível.

Nesse sentido, é fundamental fazer os exames rotineiros periodicamente para que seja detectada qualquer anormalidade, especialmente em pacientes com doença hepática crônica avançada (ecografia abdômen com ou sem dosagem de alfafetoproteína de seis em seis meses).

Outros exames que também ajudam no diagnóstico do câncer são:

  • Tomografia computadorizada: usa Raios X para gerar imagens de corte do corpo para localizar tumores;
  • Ressonância Nuclear Magnética (RNM): tem a mesma função da tomografia, mas sem fazer uso de Raio X. Esse exame costuma definir a extensão do tumor com maior exatidão. Atualmente, existem contrastes hepato específicos usados em exame de RNM que aumentam muito a precisão diagnóstica.

Como é o tratamento para câncer de fígado?

Quando falamos em carcinoma hepatocelular, se deve ter consciência que a maioria dos pacientes apresentam duas doenças hepáticas: a cirrose e o câncer de fígado.

E, apesar das possibilidades de tratamento terem evoluído bastante nos últimos anos, é essencial que o fígado apresente função preservada.

Caso o órgão já esteja com a função comprometida, o transplante hepático é uma opção, mas que depende do estágio do câncer.

Abaixo pode-se conferir algumas opções de tratamento disponíveis:

  • cirurgia: quando a doença é identificada cedo e não há sinais de metástase, a cirurgia pode ser a solução principal. Nesse procedimento, é retirado o tumor para eliminar as células cancerígenas e impedir que elas avancem para outros órgãos;
  • ablação (por radiofrequência, microondas, crioterapia ou por etanol): consiste em destruir os tumores hepáticos, sem removê-los. Essa técnica é utilizada em pacientes com tumores de até 3 cm.
  • transplante hepático: é indicado para tumores pequenos, sem invasão de vasos sanguíneos. Na maioria dos casos, o transplante é realizado quando o tumor não pode ser totalmente removido, seja devido à localização ou porque o fígado se encontra muito comprometido.
  • quimioembolização: é uma técnica minimamente invasiva, onde se posiciona um pequeno cateter dentro da artéria que supre o tumor e lá se injetam micropartículas com quimioterápico.
  • terapia sistêmica: nos últimos anos diversos medicamentos têm surgido para tratamento de carcinoma hepatocelular, incluindo a imunoterapia.

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O tratamento para o câncer de fígado pode levar a cura?

Se o câncer de fígado for diagnosticado em seu estágio precoce, pode sim ser curado.

Quais são os principais desafios do tratamento de câncer de fígado?

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o principal desafio no tratamento para câncer de fígado é conseguir diagnosticá-lo em uma fase inicial.

Dessa forma, todos os esforços devem ser realizados para se conseguir fazer os exames de rastreamento de forma adequada nos grupos de alto risco para carcinoma hepatocelular.

Nessa fase, o paciente já não tem mais chances de cura e, por isso, se encontra em
em estado terminal.

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Onde começar o tratamento para câncer de fígado?

Assim que o paciente receber o diagnóstico da doença, ele deve procurar um hepatologista ou um oncologista. Ambos os especialistas são capacitados para identificar e tratar essa doença.

Conclusão

Como você pode notar, existe possibilidade de cura com o tratamento para câncer de fígado quando a doença é identificada em fase inicial.

Por isso, vale a pena ressaltar a importância de manter um estilo de vida saudável — dieta balanceada, prática de exercícios físicos, evitar o excesso de álcool — e se consultar com o médico periodicamente para fazer os exames de rotina. 

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