Você já ouviu falar sobre o que é elastografia hepática? Esse é um dos exames mais importantes para a detecção de alterações no fígado.
Pode ser realizada através de aparelhos no próprio consultório médico, sendo o Fibroscan® (elastografia hepática transitória) o mais conhecido e o de maior experiência acumulada.
O procedimento é rápido, não causa dor e não oferece nenhum tipo de risco para o paciente.
Continue a leitura e saiba como funciona a elastografia hepática, os benefícios e as principais recomendações para os pacientes!
O que é elastografia hepática (Fibroscan)?
Normalmente, quando existe a desconfiança de que o fígado está adoecido, uma série de exames são pedidos para que assim seja possível avaliar em que condições está o órgão.
Uma etapa essencial em qualquer doença hepática crônica é a avaliação da presença de fibrose (cicatrizes no fígado que foram causadas ao longo do tempo).
A biópsia hepática é o exame de referência para esse tipo de avaliação. No entanto, por se tratar de uma técnica invasiva, há riscos e exige muitos cuidados para a realização.
Já a elastografia hepática, é um exame que também pode detectar fibrose no fígado, mas que não é invasiva (não precisa da introdução de nenhum equipamento no corpo do paciente).
O exame é rápido, sendo realizado em poucos minutos por meio de um aparelho semelhante a uma ecografia/ultrassom.
Não é feito em toda a rede do Sistema Único de Saúde, mas está disponível em diversas clínicas e hospitais particulares.
A elastografia hepática é indicada para quais tipos de doenças?
Como já mencionamos, a elastografia hepática tem como objetivo identificar o grau de fibrose do fígado.
Várias doenças podem provocar esse tipo de dano, podendo dessa forma serem avaliados por meio do exame. Veja algumas delas:
- hepatite crônica pelo vírus B e C;
- gordura no fígado: condição em que o fígado acúmula um excesso de células de gordura em sua estrutura;
- doença hepática alcoólica: lesão hepática provocada por consumo de muita bebida alcoólica por um período prolongado de tempo;
- hepatite auto-imune: doença na qual o sistema de defesa do organismo ataca indevidamente as células do próprio fígado;
- colangite biliar primária: doença hepática crônica resultante da destruição progressiva dos ductos biliares no fígado;
- colangite esclerosante primária: condição crônica de etiologia autoimune que causa inflamação e fibrose dos ductos biliares intra e extra-hepáticos;
- hemocromatose: problema causado pelo excesso de ferro no organismo;
- Doença de Wilson: doença hereditária que impede o fígado de excretar o cobre do organismo através da bile.
Uma informação importante, além de o que é elastografia hepática e em quais doenças ela pode ajudar é saber que o exame também pode ser usado para medir o grau de sucesso do tratamento.
Isso porque através dela é possível avaliar se aconteceu uma melhora ou piora da condição do tecido hepático.
O que é muito importante para as tomadas de decisões sobre os procedimentos que serão adotados
Como funciona a elastografia hepática?
A elastografia é realizada através de aparelho que age como um auto-falante que emite ondas vibratórias. As ondas é que permitem avaliar as condições de elasticidade e de fibrose no fígado.
Quanto mais rígido o órgão, mais rápido as ondas emitidas pelo aparelho se propagam e maior é o indicativo de que existe algum problema causando danos.
De forma prática, o exame é feito ao encontrar uma sonda no corpo do paciente, então as ondas são enviadas ao fígado. Se as ondas passarem de maneira mais lenta significa que não existem alterações.
Entretanto, se a passagem for muito rápida, o sinal de alerta deve ser ligado, pois esse é o indício da presença de cicatrizes (fibrose).
A média de tempo para a realização da elastografia hepática é de mais ou menos 15 minutos.
Qual a diferença entre a elastografia hepática e a biópsia do fígado?
A principal diferença entre as duas técnicas é que a elastografia hepática consiste em um exame não indolor e não invasivo.
A biópsia do fígado, por outro lado, exige a retirada de um pedaço do tecido do órgão através da introdução de uma agulha.
Quais são as vantagens da elastografia hepática?
Agora que você já sabe o que é elastografia hepática é hora de conhecer as principais vantagens do exame:
Não oferece riscos ao paciente
O exame não necessita de cortes e nem de perfurações, sendo o único atrito o toque da sonda na pele do paciente. Logo, não oferece nenhum risco de complicações.
Procedimento indolor
A elastografia não causa nenhum desconforto no paciente e também não infringe nenhum tipo de dor, por mais leve que seja.
Exame rápido
Em geral, o exame leva de 5 a 15 minutos para ser realizado, o que garante que o paciente não tenha uma quebra brusca de rotina dedicando muito tempo para a realização.
Quais são as recomendações antes do paciente realizar o procedimento?
Para realizar o exame de elastografia hepática é importante que o paciente siga algumas recomendações.
Em geral, é indicado que seja feito jejum de quatro horas e que seja pausado o consumo de bebidas alcoólicas por pelo menos 24h antes do exame.
Além disso, também é muito importante que o médico esteja em posse do histórico do paciente.
Em outras palavras, leve os exames laboratoriais anteriores, biópsias e exames já feitos e que tenham relação com o problema investigado.
Como é o resultado da elastografia hepática?
A elastografia hepática transitória (Fibroscan) fornece o resultado da elasticidade hepática através kPa (quilopascal).
Os números podem variar entre 2,5 kPa e 75 kPa. De uma forma geral, o paciente que apresenta níveis menores que 7 kPa, em geral, não possui fibrose hepática significativa.
Conclusão
Ficou claro o que é elastografia hepática? O exame traz informações importantes sobre o estado do fígado, que auxiliarão no tratamento.
Qualquer sinal de alteração no fígado precisa ser investigado a fundo, afinal, o órgão é um dos mais importantes do nosso organismo.