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Publicado por Dra. Raquel Scherer de Fraga por 29 de maio de 2023
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  • Doenças Hepáticas
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Quem já teve hepatite A pode ter novamente?

Saiba como funciona o sistema imunológico diante da doença e se quem já teve hepatite A pode ter novamente!

Causada pelo vírus HAV (vírus A), a hepatite A é uma doença infecciosa aguda transmitida por via oral-fecal de uma pessoa infectada para outra saudável ou por meio de alimentos ou água contaminada. Ela começa de forma silenciosa até aparecerem sintomas como náuseas, febre, diarreia e icterícia (coloração amarelada nos olhos).

 
A hepatite A é uma doença que atinge o fígado e, por esse motivo, pode levar a insuficiência hepática grave , tornando essencial a procura por uma unidade de saúde assim que os primeiros indícios aparecerem. A boa notícia é que já existem meios de imunização para a doença e também boas práticas que podem ser adotadas para frear a transmissão.
 
Apesar de ser uma doença popularmente conhecida, a hepatite A ainda é um tema que gera perguntas. Por exemplo: você já parou para pensar se quem já teve hepatite A pode ter novamente?
 
Se essa também é uma dúvida sua, fique atento, pois neste conteúdo iremos te explicar como funciona a imunização contra hepatite A, assim como os métodos de prevenção da doença. Boa leitura!

Peguei hepatite A. Estou imune para sempre?

A transmissão da hepatite A é bem diferente das outras hepatites virais (B e C) e está diretamente relacionada a condições precárias de saúde, sendo mais comum em regiões menos desenvolvidas que enfrentam problemas de saneamento básico.
 
Uma pessoa contaminada com essa doença pode transmitir o vírus desde duas semanas antes dos primeiros sintomas aparecerem até o final da segunda semana já com sintomas.
 
Felizmente, quem já foi contaminado pelo vírus desenvolve imunidade permanente, não tendo mais chances de ter hepatite A novamente.

Como funciona a memória imunológica?

Algumas doenças virais, assim como a hepatite A, perdem a força após o primeiro contato com o corpo humano e, por esse motivo, não podem ser contraídas novamente. Isso acontece devido à memória imunológica criada pelo sistema imune do nosso organismo.
 
O sistema imune é responsável pelos processos de defesa e manutenção do corpo humano contra agressões gerais e ataque de microrganismos. Quando estamos com alguma doença, as células e moléculas desse sistema montam uma defesa para nos proteger, passando por uma série de etapas até reconhecer o invasor e produzir anticorpos para frear o processo infeccioso.
 
A memória imunológica é a capacidade desse sistema de identificar um agente que já teve contato com nosso corpo e combatê-lo de forma mais rápida. Por esse motivo, uma vez que uma pessoa teve hepatite A, não há chances da doença aparecer novamente.
 
É como se a memória imunológica fosse uma grande biblioteca que, após passar por uma determinada adversidade, adquire um livro que informa às nossas células quais são as melhores formas de proteger o corpo humano.

Como ficar imunizado contra hepatite A?

 
Pessoas que nunca apresentaram hepatite A também podem ficar imunizadas contra a doença graças ao sistema de vacinação. A imunização é feita com um vírus inativo.
 
As vacinas são desenvolvidas com base na memória imunológica, estimulando o corpo humano a se adaptar aos microrganismos para que, se houver um novo contato, ele seja combatido e a doença não seja desenvolvida.
 
A vacina contra a hepatite A integra o calendário infantil de vacinação do Ministério da Saúde, com uma dose aos 15 meses, podendo ser aplicada também a partir dos 12 meses de vida até 5 anos incompletos.
 
Além disso, a vacina também pode ser encontrada nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), em duas doses, com intervalo mínimo de 6 meses para pessoas a partir de 1 ano, nas seguintes condições:
  • Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia;
  • Pessoas com coagulopatias, hemoglobinopatias, trissomias, doenças de depósito ou fibrose cística;
  • Pessoas vivendo com HIV;
  • Pessoas submetidas à terapia imunossupressora ou que vivem com doença imunodepressora;
  • Candidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes;
  • Transplantados de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas;
  • Doadores de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas cadastrados em programas de transplantes.
As informações são do Ministério da Saúde.
 
Cabe ressaltar que pessoas que nunca apresentaram quadros de hepatite A anteriormente também podem ser vacinadas. Neste caso, é necessário fazer exame sorológico para entender se há ou não a presença de anticorpos da doença no organismo.
Por que outros tipos de hepatite não acionam a memória imunológica?
 
Além da hepatite A, a hepatite B também conta com vacinação no Programa Nacional de Imunizações. No entanto, no caso da hepatite B, estamos falando do vírus VHB, um microrganismo que consegue resistir a diferentes temperaturas e enfrentar o sistema imunológico mesmo após o corpo já ter produzido anticorpos contra ele.
 
Por esse motivo, pessoas que já enfrentaram a doença ou as já vacinadas anteriormente, na maioria das vezes, precisam de doses de reforço, pois o vírus consegue “enganar” a memória imunológica do organismo.
 
Já nos casos das hepatites C, D e E, não há vacinas disponíveis e o sistema imune ainda não consegue guardar as propriedades dos vírus para combatê-lo em outra infecção, devido à complexidade e à alta resistência dos mesmos.
 
A boa notícia é que muitos estudos já buscam entender a fundo como essas doenças se comportam para que, posteriormente, uma imunização possa ser providenciada.

Como prevenir a hepatite A?

A vacinação é um importante agente contra a hepatite A, mas há também algumas medidas de prevenção que podem ajudar a frear os casos da doença. Por se tratar de uma condição de transmissão via oral-fecal, as principais orientações estão relacionadas a cuidados básicos de higiene, como:
  • Lavar as mãos após o uso do sanitário;
  • Lavar as mãos antes de preparar alimentos;
  • Higienizar alimentos com água tratada, clorada ou fervida, deixando-os de molho por 30 minutos;
  • Cozinhar bem os alimentos antes de consumo, principalmente frutos-do-mar, mariscos e peixes;
  • Lavar adequadamente pratos, copos e talheres;
  • Não tomar banho ou ter contato próximo com valões, chafarizes, águas de enchentes ou de esgoto;
  • Evitar o consumo de alimentos e bebidas de procedência duvidosa;
  • Higienizar vibradores e outros acessórios eróticos.

Em caso de sintomas, procure um hepatologista

Doenças hepáticas são perigosas e podem levar a diversas complicações. Lembre-se de procurar um médico assim que os primeiros sintomas aparecerem.
A Dra. Raquel Scherer de Fraga é especialista em hepatologia e seu consultório conta com toda a estrutura para cuidar da saúde do seu fígado!
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Dra. Raquel Scherer de Fraga

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