12 de junho é o International NASH Day, Dia internacional de Combate à Esteatose Hepática Não Alcoólica
O estilo de vida atual está fazendo com que o número de obesos e pessoas com sobrepeso aumente exponencialmente em todo o mundo. Sabe-se que essa condição eleva consideravelmente os riscos cardiovasculares e de neoplasia. Além disso, o fígado também pode ser seriamente afetado pelo excesso de gordura.
Por isso, foi instituída a data de 12 de junho como o Dia Internacional de Combate à Esteatose Hepática Não Alcoólica, ou International NASH Day.
A esteatose hepática não alcoólica, ou doença hepática gordurosa não alcoólica, é definida quando o percentual de gordura no fígado ultrapassa 5%. “É importante salientar que os exames de rotina, como a ecografia, só conseguem detectar a esteatose quando este índice ultrapassa 25%”, alerta a médica hepatologista Dra. Raquel Scherer de Fraga.
A prevalência da doença está diretamente relacionada à incidência da obesidade. Pessoas com obesidade central, ou seja, com a circunferência abdominal aumentada (acima de 88 cm nas mulheres e 102 cm nos homens), são as mais propensas a desenvolver esteatose. Hipertensos, sedentários, diabéticos ou pessoas com glicemia de jejum alterada ou que apresentem colesterol e triglicerídeos elevados também estão no grupo de risco.
Por isso, a melhor forma de prevenção, e também o tratamento, é a adoção de um estilo de vida saudável. Isso inclui hábitos alimentares saudáveis, com redução de alimentos industrializados, e prática regular de exercícios físicos. De acordo com a Dra. Raquel, o recomendado é de, no mínimo, 150 minutos de atividades físicas semanais, preferencialmente associando atividades aeróbicas com treinamentos de resistência.
“Apesar das pessoas procurarem um medicamento para tirar a gordura do fígado, esse remédio não existe; a base é a mudança do estilo de vida”, explica a médica hepatologista. “Assim como as pessoas com esteatose alcoólica devem parar de beber para modificar o quadro da doença, os pacientes com esteatose não alcoólica precisam adotar hábitos saudáveis e perder peso para alterar seu quadro de forma significativa”, conclui Dra. Raquel.
Esteatohepatite
30% das pessoas com esteatose hepática não alcoólica desenvolvem a esteatohepatite, que é uma inflamação do fígado desencadeada pela esteatose. Em termos de prognóstico, não muda a pessoa ter muita ou pouca gordura hepática. O que muda é saber se tem essa inflamação e se isso está causando cicatriz hepática (fibrose) e em que estágio está a fibrose, pois isso vai definir a gravidade da doença.
“Esta parcela corre o risco de desenvolver cirrose, por isso é importante consultar um especialista para fazer a sua correta identificação”, orienta Dra. Raquel.