Hemangioma é a lesão mais comum no fígado durante o primeiro ano de vida e a neoplasia benigna mais frequente na infância. Saiba mais!
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Você sabia que o hemangioma hepático é uma lesão benigna formada por vasos sanguíneos dilatados no fígado?
Embora seja uma condição relativamente comum, muitos pacientes ainda têm dúvidas sobre suas causas, sintomas e tratamentos.
Neste post, vamos explorar esses tópicos com mais profundidade, para que você possa entender melhor sobre o hemangioma hepático e seu impacto na saúde.
Acompanhe o texto até o final para obter informações valiosas como:
- O que é hemangioma hepático?
- Quais são as causas da lesão?
- A doença apresenta sintomas?
- Como é feito o diagnóstico?
- Tratamento é cirúrgico?
- Existe dieta para quem tem hemangioma no fígado?
Boa leitura!
O que é hemangioma hepático?
No rol das doenças hepáticas, o hemangioma hepático é a lesão mais comum no fígado durante o primeiro ano de vida e a neoplasia benigna mais frequente na infância.
Não há uma prevalência clara quanto ao sexo ou raça da pessoa afetada.
Vale ressaltar, ainda, que a maioria dos hemangiomas hepáticos não apresenta sinais ou sintomas.
Nesse sentido, ele pode ser descoberto acidentalmente, durante exames de imagem, como tomografias ou ressonâncias magnéticas, feitos por outros motivos. Sendo assim, não há necessidade de tratamento.
Em casos raros, contudo, essas lesões podem sangrar e crescer o suficiente para causar sintomas ou complicações, como dor abdominal, sangramento ou obstrução do fluxo de sangue.
Quais são as causas do hemangioma hepático?
Segundo o Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), o hemangioma costuma ter origem durante o desenvolvimento fetal. Isso significa que ele é uma condição presente desde o nascimento, mas pode não ser detectado por um longo período.
Essa lesão pode surgir em diferentes partes do corpo, incluindo a pele, mas neste caso específico, ele se desenvolve como um tumor no fígado. É importante, contudo, destacar que, de modo geral, ele não afeta o funcionamento normal do órgão.
A causa exata do hemangioma hepático ainda é desconhecida, mas algumas teorias sugerem que ele seja resultado de uma alteração na formação dos vasos sanguíneos durante o desenvolvimento fetal.
Fatores genéticos, como a presença de certos genes ou mutações, também podem estar envolvidos na sua formação.
Além disso, causas ambientais, como a exposição a substâncias tóxicas, radiação e infecções durante a gravidez, podem contribuir para o desenvolvimento do hemangioma hepático.
No entanto, ainda é necessário realizar mais pesquisas e estudos para entender completamente as causas dessa condição.
Doença apresenta sintomas?
Como destacado pelo CBCD e pela comunidade médica, muitos casos de hemangioma hepático não apresentam sintomas e a pessoa pode nem ter conhecimento de sua existência.
Isso acontece porque esse tumor benigno mantém o tamanho desde o nascimento e não sofre mudanças significativas. A sua dimensão pode variar, mas a maioria é pequena, podendo ter menos de 1 cm.
Em casos raros, no entanto, os tumores podem crescer para mais de 10 cm de diâmetro, sendo chamados de hemangiomas gigantes.
Quando isso ocorre, o tumor pode pressionar outros órgãos, provocando sintomas como dor abdominal, sensação de plenitude após as refeições, febre, vômitos e saciedade, além de poder ativar o sistema de coagulação, ocasionado um quadro de coagulação intravscular disseminada, chamado de síndrome de Kasabach-Merritt. Felizmente, esta complicação é muito rara.
Como é feito o diagnóstico?
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Conforme esclarecido pelo CBCD, devido à ausência de sintomas, o problema geralmente é diagnosticado quando o indivíduo precisa fazer outros exames, que não estão relacionados ao hemangioma.
De toda forma, o tumor precisa ser investigado pelos médicos para um diagnóstico preciso. A exatidão é alcançada por meio de exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM).
Esses exames permitem visualizar o tumor e determinar suas características, como tamanho, forma e localização. Além disso, é possível avaliar a presença de outras condições que possam estar afetando o fígado.
Como as características do hemangioma hepático são bastante típicas, não é necessária biópsia para confirmar o diagnóstico.
O diagnóstico preciso é importante para estabelecer o tratamento adequado e avaliar o prognóstico do paciente. Assim, é importante seguir as recomendações do médico e se submeter aos exames necessários para garantir o diagnóstico correto e o tratamento efetivo.
Hemangioma hepático: o tratamento é cirúrgico?
Caso o hemangioma seja pequeno e sem sintomas, não há necessidade de tratamento específico. É apenas necessário o acompanhamento médico com exames regulares para verificar a evolução da condição.
Por outro lado, a cirurgia é indicada em casos mais graves, como o hemangioma hepático gigante que causa sintomas ou sangramentos.
Dependendo da situação do paciente e da gravidade do problema, procedimentos como embolização, cirurgia de ressecção, corticoterapia ou radioterapia podem ser recomendados.
Em alguns casos graves, pode ser necessário ainda um transplante hepático, se o hemangioma gigante estiver causando uma síndrome denominada compartimental.
Dieta para quem tem hemangioma no fígado
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Não existe uma dieta específica para pessoas com hemangioma hepático. No entanto, é sempre recomendado seguir uma alimentação saudável e equilibrada, com uma dieta rica em alimentos como:
- frutas;
- verduras;
- proteínas magras;
- cereais integrais.
Além disso, vale evitar o consumo excessivo de gorduras, açúcares e álcool. É importante também manter o peso corporal saudável e controlar o consumo de sal, já que o excesso de sódio pode agravar os sintomas.
Agora que você já sabe tudo sobre hemangioma hepático, suas causas, sintomas e tratamentos, é importante se manter atento à saúde.
A Dra. Raquel Scherer de Fraga é especialista em hepatologia e conta com toda a estrutura para cuidar da saúde do seu fígado!
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