A hepatite B na gravidez é um perigo em potencial, tanto para a mãe quanto para o bebê, já que as chances de a gestante infectar o filho no momento do parto são altas. caso não sejam realizados os procedimentos recomendado. Dessa forma, é importante se conhecer as maneiras que existem para evitar o contágio.
A vacinação da mãe antes ou no início da gravidez é importante para prevenir que a gestante desenvolva a doença, caso não seja portadora do vírus B. E no caso do bebê, caso a mãe esteja infectada, é fundamental tomar a vacina nas primeiras doze horas de vida, além de injeções de imunoglobulina.
Neste artigo vamos falar mais sobre a hepatite na gravidez, formas de transmissão, sintomas e tratamento. Fique conosco e faça uma boa leitura!
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O que é a hepatite B?
A hepatite B é uma doença infecciosa que causa lesões no fígado e que, caso não seja tratada, pode evoluir para a fase crônica e comprometer o funcionamento das funções do fígado.
Ela é considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), já que o vírus pode ser encontrado no sangue, sêmen e secreções vaginais. Logo, é transmitida de uma pessoa para outra durante o ato sexual desprotegido (sem camisinha).
Como a hepatite B é transmitida para uma gestante?
Além do contato sexual que mencionamos acima, a transmissão também pode acontecer através do compartilhamento de objetos usados na higiene pessoal, como lâminas de barbear, depilar, instrumentos de manicure e pedicure.
Além disso, o uso de material para fazer tatuagens, aplicação de piercings, etc, contaminados com sangue ou secreções também podem ser um ponto de transmissão para a hepatite B na gravidez.
Principais sintomas da hepatite B na gravidez
Os sintomas mais comuns da hepatite B quando contraída durante a gravidez são os seguintes:
- Enjoos;
- Vômitos;
- Febre;
- Cansaço;
- Dor no abdômen, especialmente na parte superior direita, onde fica o fígado;
- Falta de apetite;
- Pele e olhos amarelados;
- Fezes claras, como massa de vidraceiro;
- Urina escura.
No caso da hepatite B crônica, a gestante costuma não apresentar sintomas, ainda que a situação também ofereça riscos para a criança.
Quais são os riscos da hepatite B na gravidez?
A doença traz riscos tanto para a mãe quanto para o bebê. Veja abaixo!
Para a gestante
Caso a grávida opte por não realizar corretamente o tratamento contra a hepatite B, ignorando as recomendações do médico hepatologista, pode desenvolver, a longo prazo, as versões graves da doença, como a cirrose ou câncer do fígado, causando danos irreversíveis ao órgão.
Para o bebê
Nos casos de hepatite B na gravidez, a infecção normalmente é transmitida para o bebê durante a realização do parto, uma vez que há contato direto com o sangue da mãe. No entanto, em casos mais raros, também pode existir contaminação por meio da placenta.
Por isso, logo após o nascimento, a criança deve receber uma dose da vacina contra a hepatite B e injeções de imunoglobulina em até 12 horas após o parto. Além disso, também devem ser ministradas mais duas doses de vacina, no 1º e no 6º mês de vida.
A amamentação, no entanto, pode seguir normalmente.
Qual é a forma de prevenção da hepatite B para gestantes?
Como mencionamos acima, a principal forma de prevenção é tomar a vacina contra a hepatite B. Ela pode ser tomada antes ou a partir do primeiro trimestre da gravidez. Além disso, cuidados como o não compartilhamento de objetos e materiais também são importantes para evitar a infecção.
Afinal, a hepatite B tem tratamento?
Durante a gravidez, o tratamento contra a hepatite B inclui, hidratação, dieta pobre em gordura e hidratação, medidas que auxiliam na recuperação das condições do fígado. Para prevenir a contaminação do bebê, o médico pode prescrever vacinas e as imunoglobulinas.
No caso da gestante ter hepatite B crônica, mas não apresentar nenhum sintoma, o médico responsável pode receitar o uso de algumas doses de um antiviral conhecido como tenofovir, também para diminuir o risco de contaminação da criança.
Para as gestantes que já faziam uso do tenofovir para tratamento da hepatite B crônica antes de engravidar, o medicamento deve ser continuado durante todo o período gestacional. É importante ressaltar que o entecavir (outro antiviral utilizado no tratamento da hepatite B crônica) não deve ser utilizado pelas gestantes.
Em qualquer cenário, o melhor profissional para fazer o acompanhamento é o hepatologista, uma vez que ele é o médico dedicado ao tratamento das doenças que causam problemas no nosso fígado.
Conclusão
A hepatite B na gravidez exige muitos cuidados e acompanhamento de perto de um profissional hepatologista. Dessa forma, é possível tomar as medidas cabíveis para proteger a mãe e o bebê.