Localizado na região superior direita do abdômen, o fígado é um dos maiores órgãos do corpo humano. Ele realiza diversas funções em nosso organismo, como a desintoxicação do sangue para nos proteger contra infecções.
São diversas as doenças que podem acometer o nosso fígado e que podem levar a alterações irreversíveis no órgão, como a cirrose, que faz micro agressões prolongadas que geram a cicatrização excessiva do fígado — fibrose.
Esse processo danifica sua estrutura e bloqueia o fluxo de sangue e bile pelo organismo. Pessoas com cirrose podem apresentar funções hepáticas preservadas (sendo assintomáticas) ou já possuírem falência do órgão (quando apresentam sintomas).
O ideal seria conseguir diagnosticar a doença hepática de base o mais precoce possível para se evitar destruição subsequente do fígado. Para isso, é necessário incluir exames hepáticos nos exames de rotina.
Continue a seguir para entender mais sobre o assunto!
Tratamento para Cirrose: Afinal, o que é cirrose?
Por existir algumas formas de tratamento, muitos acreditam que a cirrose tem cura. Contudo, estamos falando de uma doença hepática e crônica e, por isso, não existe cura completa.
Como dissemos inicialmente, ela afeta as funções do fígado e, se não identificada, pode evoluir para a falência do órgão.
Outra característica da doença é que ela pode ser assintomática durante anos. Nesse cenário, a cirrose evolui silenciosamente, provocando agressões no fígado que, muitas vezes, se tornam irreversíveis. Quanto mais tempo o indivíduo passar sem identificar a cirrose, maiores são as suas chances de morte.
Quais são as causas da cirrose?
Antes de falarmos do tratamento para cirrose, é preciso entender as principais causas da doença. Geralmente, ela é considerada o resultado de outras patologias e, por essa razão, apresenta diversas causas:
- doença hepática alcoólica (consumo exagerado de bebidas alcoólicas);
- hepatite crônica (hepatite B, C ou D) e autoimune;
- problemas associados à obesidade, com o acúmulo de gordura o fígado;
- fibrose cística;
- cirrose biliar primária (complicações nos dutos biliares);
- hemocromatose (acúmulo de ferro no sangue);
- Doença de Wilson (acúmulo de cobre no sangue);
- alterações graves na vias biliares;
- uso de medicamentos em excesso, como o metotrexato.
Principais sintomas da cirrose
Como você viu mais acima, tanto a cirrose hepática, quanto a cirrose alcoólica podem matar caso não sejam diagnosticadas com antecedência.
Para ajudar na identificação dessa doença, médicos especialistas classificaram os estágios da cirrose em fase compensada e fase descompensada.
Na primeira fase, o paciente se encontra nos estágios iniciais da doença, os quais não apresentam sintomas.
Já na segunda fase, se trata do estágio de maior gravidade, no qual aparecem sinais, sintomas e outras complicações graves. Os principais sintomas são:
- fadiga;
- sangramentos frequentes;
- perda de apetite;
- perda de peso;
- náuseas;
- inchaço nas pernas e tornozelos;
- inchaço abdominal;
- coceiras;
- amarelamento da pele e dos olhos;
- ausência da menstruação nas mulheres;
- perda da libido, disfunção erétil ou atrofia testicular nos homens.
A importância do diagnóstico para o tratamento precoce da cirrose
Para que o tratamento para cirrose seja feito corretamente e obtenha sucesso, é essencial que a doença seja diagnosticada o quanto antes.
Caso contrário, ela poderá evoluir agressivamente, resultando na falência do fígado e na morte do paciente. Nesse sentido, o diagnóstico é feito por meio da análise clínica do indivíduo, em conjunto com alguns exames:
- exames laboratoriais: análise do sangue para avaliar os níveis de certas enzimas que podem indicar alterações no fígado;
- exames de imagem: procedimento como a ecografia que permitem analisar visualmente o estado do fígado;
- biópsia: extração de uma amostra de tecido do fígado para avaliar em laboratório a gravidade dos danos no órgão.
Como é o tratamento para a cirrose?
O tratamento para cirrose hepática e alcoólica é o mesmo. Existem inúmeras abordagens que podem variar conforme a gravidade da doença. Mas, todas possuem o objetivo de tratar as causas subjacentes da cirrose.
Caso o indivíduo esteja na fase inicial da doença, por exemplo, basta adotar um estilo de vida mais saudável para controlar a fibrose no fígado:
- eliminar o consumo de bebidas alcoólicas;
- adotar uma dieta saudável e balanceada;
- manter o peso estável;
- fazer exercícios físicos regularmente;
- manter o tratamento de outras doenças no fígado.
Quando o paciente está em um estágio mais avançado, o médico responsável pelo seu tratamento poderá indicar alguns remédios — betabloqueadores — para controlar a progressão da fibrose, aliviar o desconforto causado por alguns sintomas e evitar mais complicações. Portanto, quem tem cirrose pode tomar dipirona e outros medicamentos, desde que sejam prescritos pelo médico.
Para quem se pergunta quais são as complicações da cirrose hepática em seu estágio grave, ou como ocorre a morte por cirrose hepática, a falência do órgão é a principal causa. Assim, a única forma de salvar o indivíduo é um transplante de fígado.
Nesse procedimento, o fígado danificado é substituído por um novo, proveniente de um doador saudável, que pode ser alguém compatível ainda vivo — somente parte do fígado é doado — ou de alguém falecido recentemente.
Quais são os principais desafios do tratamento da cirrose?
Como citamos nos tópicos acima, um dos maiores desafios no tratamento para cirrose é a falta de um diagnóstico precoce, que dificulta o sucesso de estratégias menos invasivas para controlar a evolução da doença.
Além disso, a cirrose pode ser causada por uma série de complicações já existentes, algo que também dificulta seu tratamento. Então, quando não tratada adequadamente, a cirrose pode provocar:
- aumento da pressão nos vasos sanguíneos ,resultando em hemorragias e sangramentos internos;
- maiores chances de desenvolver câncer de fígado;
- infecções graves;
- acúmulo de toxinas no cérebro, já que o fígado se torna incapaz de filtrar as toxinas do organismo, levando à confusão mental ou mesmo ao coma e morte;
- alterações renais.
Onde encontrar tratamento para cirrose?
Para receber o tratamento adequado da cirrose, o indicado é procurar se consultar com um gastroenterologista ou hepatologista.
O gastroenterologista é o médico responsável por tratar enfermidades do sistema digestivo, especialmente as que afetam o esôfago, estômago, fígado, vias biliares e pâncreas.
Já o hepatologista é o especialista responsável por tratar órgãos mais específicos do trato digestivo, como fígado, as vias biliares e a vesícula. Ambos os profissionais são capacitados para identificar doenças hepáticas e orientar sobre a melhor forma de tratamento, seja com medicamentos ou cirurgias.
Conclusão
Como você viu por aqui, o tratamento para cirrose tem mais chances de sucesso quando a doença é identificada com antecedência.
Mas, para evitar o desenvolvimento dessa enfermidade, o melhor a fazer é se prevenir contra as suas principais causas.
Para isso, adote um estilo de vida saudável, reduza o consumo de bebidas alcoólicas e, no caso da cirrose hepática, utilize preservativos em todas as relações sexuais e não compartilhe seringas ou objetos que estiveram em contato com sangue para se proteger contra as hepatites.
Agora que você já sabe como é feito o tratamento para cirrose, agende sua consulta e descubra o que podemos fazer para melhorar a sua saúde!