A Hepatite C foi uma das doenças cujo tratamento mais evoluiu nos últimos 20 anos. Surgiram medicamentos altamente eficazes e com um perfil de segurança muito bom, ou seja, com poucos efeitos adversos. Atualmente as chances de cura estão próximas a 100% dos casos.
Em 2018, o Ministério da Saúde lançou, junto com o novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas das Hepatites Virais, um plano que visa eliminar a doença no Brasil até 2030. Tal iniciativa representa um marco histórico nas políticas de enfrentamento à epidemia pelo vírus da Hepatite C e coloca o país em posição de vanguarda frente às políticas de saúde pública preconizadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde), no âmbito das hepatites virais.
Atualmente, a Hepatite C tem o maior número de notificações dentre todas as hepatites. É transmitida principalmente por sangue contaminado (transfusão de sangue ou acidente com objetos perfurocortantes contaminados com o vírus). A transmissão vertical (de mãe para filho durante a gestação ou período perinatal) e a transmissão sexual, embora mais raras, também podem ocorrer. Se torna crônica em 80% dos casos (o vírus permanece no organismo por mais de 6 meses), causando inflamação persistente e podendo acarretar complicações graves como cirrose e câncer de fígado.